Tuesday, November 28, 2006

Cê de Caetano

Quando avisei a alguns amigos que iria ao show do Caetano Veloso neste último sábado dia 25, o Guilherme (namorado da Priscila, que também posta no ‘rock your feet’) me falou “que nem o Caetano gosta do Caetano”. A confirmação veio no show. Em um intervalo entre músicas, enquanto empunhava um violão, o baiano disse que leu em um comentário de um blog em que o leitor disse que ele era chato demais e tal, só que o mais desagradava o leitor é quando ele toca violão. Curiosamente seguiu-se a música mais chata do show. Caetano cantou baixo e as pessoas ao meu redor (eu inclusive) estavam com medo dele emendar “Sozinho”. Felizmente isso não ocorreu.

O que ocorreu foi um show brilhante permeado por melodias de levada rocker, característica predominantemente presente no último álbum do homem, “Cê”. Começando o show com duas primeiras músicas deste novo disco, “Outro” e “Minhas Lágrimas” o repertório passou por alguns álbuns de Caetano, como “Transa” e “Noites do Norte”, mas sempre com o foco em “Cê”, do qual foram tocadas todas as músicas menos “Porquê” (ainda bem, pois tem a letra mais cansativa do álbum).

Os destaques foram para “Homem” que teve direito à uma brincadeira tropicalista no qual à iluminação no fundo do eficiente cenário reproduzia as cores da bandeira gay, “O Herói” que teve um novo arranjo pro seu final, tão bacana quanto o original, “Rocks” que levou o show a um final nitidamente apoteótico, “Não Me Arrependo” a mais bonita do disco tocada por Pedro Sá no baixo e o baixista no Fender Rhodes, e que juntamente com “Odeio” foi repetida num biz claramente improvisado, devido à empolgação da platéia, que finalmente saiu das cadeiras para dançar freneticamente. Essa empolgação contaminou o próprio Caetano que em seu momento Rock Star subiu em uma das caixas de som Laterais para agradecer as pessoas na arquibancada.

Li em algum lugar que no Tim Festival, as transições das músicas estavam lentas demais, mas como Caetano já demonstrou ser um cara antenado na internet, deve ter lido isso também e fez o dever de casa. As músicas praticamente eram emendadas umas nas outras.

Ao fim do show, por insistência de minha irmã, fui à porta dos camarins sem muita esperança de ser atendido. Mas logo veio um cara da produção tranqüilizando as mais ou menos trinta pessoas que ali esperavam, dizendo que Caê atenderia a todos. E assim o foi. Ele, simpático na medida do possível, agradeceu aos parabéns que dei pelo álbum e pelo show. Na saída ainda acenei pro Pedro Sá parabenizando-o também. Ele agradeceu. E eu também ;-)


Ah, o álbum Cê fica pra depois.

[]'s

alf

trilha: boy kill boy - back again. essa é frenética.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

se ele consegui não filosofar nos shows,até vai!!!!!!mais essa fase indie é demais pra mim:p

9:55 AM  

Post a Comment

<< Home